Eu não queria, eu não devia estar apaixonada por ele. Eu sei que toda vez eu digo isso, certo? Mas dessa vez eu sei que estar sentindo o que eu sinto pode acabar causando muita confusão, muitos gritos, choros e caras feias. Eu sei que gostar dele é um grande problema, sempre soube. E o que eu faço? Me aproximo mais. Porque é bem isso que a gente faz, não é? Quando algo proibido ou complicado surge é quase como se fossemos puxados por imã para isso.
Eu me pego pensando em lembranças de nós no meio da aula, ou olhando para ele sem nem perceber. Me pego falando mais sobre ele do que deveria e sorrindo quando ele vem falar comigo. Me pego querendo não o soltar quando ele me abraça e lembrando do perfume dele no meio da madrugada. Me pego me apegando e juro que me repreendo. Tento, pelo menos. Mas sempre acabo naquele canto da minha mente de novo, aonde ele é o dono. Isso é paixão? Deve ser, mas já cansei de tentar dar nome a esse sentimento tão igual e tão diferente a cada vez que meu coração bate mais rápido por alguém. E por ele? Parece que meu coração virou escola de samba em pleno carnaval aqui dentro.
Eu não devia, eu não podia, mas, droga, ele está tão presente na minha vida quanto o oxigênio que eu respiro, trazendo de volta a vida para a minha alma tão cansada e mal tratada. E quando perguntam? Eu rio e digo “nada a ver”, só pra não dar na cara que tudo em que eu penso ultimamente é ele. Só pra não admitir que eu estou enfeitiçada. Só pra não dizer as três palavras. Só pra tentar inutilmente manter distância. Porque, você sabe, eu não devia, eu não podia.
E aqui estou eu colocando em papel tudo isso pra não colocar entre a nossa relação. Ele me tira de mim e um dia desses eu ainda esqueço do mundo e digo que sim. Um dia desses eu ainda canso de fingir tão mal assim e ai você sabe, fim.
Be
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