Resenha #14 - Eleanor e Park

  Oi gente! Hoje eu vim falar desse livro que aparentemente encantou todos que já leram e que não foi diferente comigo. Ultrapassando todos os estereótipos do casal perfeito típico de livros, Eleanor & Park embarcam num romance realista e sólido que me conquistou logo no início do livro.

  "Só o que faço quando estamos separados é pensar em você, e só o que faço quando estamos juntos é entrar em pânico. Porque cada segundo parece ser tão importante. E porque sou tão maluca, não me controlo. Não sou mais minha, sou sua; e se você resolver que não quer mais me ver? Como pode me querer como quero você?"

  Eis a história: Eleanor é uma garota diferente, vinda de uma família problemática presa na mão de um padrasto abusivo, e é alvo de brincadeiras sem graça desde o primeiro dia de aula, por ser ruiva, gorda e se vestir como um menino.
  Park é respeitado pelos colegas e consegue se manter longe das brincadeiras por já ter saído com Tina, a menina mais popular do colégio, porém dificilmente se encaixa no grupo popular do colégio. Tem baixa auto estima e também não consegue se encaixar dentro da própria família.
  Certo dia, Eleanor entra no ônibus atrasada e não consegue lugar nenhum. Inesperadamente, Park cede o lugar ao seu lado para a menina, que passa a ser sua companheira na ida e na volta da escola. O livro conta como eles se aproximam aos poucos e como o sentimento se reflete no cotidiano de cada um. Eleanor frequentando a casa do namorado e mentindo para os pais, Park se preocupando com a infelicidade da namorada e de seus irmãos...

  "Ela era como uma obra de arte, e arte não deve ter boa aparência, mas sim fazer a gente sentir alguma coisa."

  O melhor do livro é que a história é contada de forma simples, sem muita melação como se espera de um romance e sim com metáforas e situações que fazem nós nos identificarmos com os personagens. Além disso, são poucos os livros que tem frases que me cativaram tanto quando as de Eleanor & Park, grifei praticamente o livro inteiro!
  Não posso deixar de mencionar que o final ficou muito em aberto e que eu queria sim algo mais consistente para o casalzinho, mas de certo modo eu entendo porque a autora não quis tirar a ideia de  realidade tão prezada ao longo do livro. Indico muito!


"Se ela tinha saudade? Queria perder-se dentro dele. Amarrar os braços dele em torno dela feito um torniquete. Se lhe mostrasse o quanto precisava dele, ele sairia correndo."


  Classificação: ❤️❤️❤️❤️
  Be