Eu simplesmente odeio me apaixonar. Ah, o amor e seus efeitos colaterais. O coração acelerado, o cérebro que congela e nos impede de fazer o que queremos, a língua que não coopera na hora de falar com a pessoa amada, o vazio no estômago que também atende pelo nome de "saudade" e isso é só o começo. As pessoas -inclusive eu- tentam tanto definir o amor com palavras, explicar o sentimento, mas, na verdade, é só quando nós nos apaixonamos que entendemos: o tempo perdido escrevendo sobre o amor não passa de tempo perdido, afinal, o amor não se explica.
Amor não se explica, não se fala, não se dá e não se troca. Amor você vive, você sente, você não entende. Amor é não conseguir dormir a noite repassando os acontecimentos do dia. Amor é o sorriso bobo no rosto que entrega qualquer um. Amor é não desgrudar do celular esperando aquela ligação. Amor é quando os olhares se encontram no acaso. Amor é o chorar de saudade. Amor é inventar situações na cabeça para satisfazer a vontade do coração. Amor é quando coração deixa de ser apenas um órgão e passa a ser um símbolo. Amor é o toque, o cheio, o detalhe. Amor é, em poucas e boas palavras, amor.
Be
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